sábado, 23 de fevereiro de 2019

TEMPO DE NOVAS CONQUISTAS NO MARANHÃO INDÍGENA

Governo do Maranhão empossa os conselheiros da Comissão Estadual de Articulação de Políticas Públicas para os Povos Indígenas-COEPI/MA.
Texto: Djuena Tikuna
Fotos: Diego Janatã


Em cerimônia realizada na manhã de hoje (21), no Palácio dos Leões, sede do poder executivo na capital maranhense, o Governador Flávio Dino estabeleceu com o movimento indígena maranhense uma nova página de fortalecimento da democracia, seguindo na contramão dos retrocessos da política nacional.
O decreto 34.557, de 14 de novembro de 2018 instituiu o Plano Decenal Estadual de Políticas Públicas para os povos Indígena. O plano será acompanhado pelo conselho que é formado majoritariamente por representantes indígenas e órgãos do governo, em especial da SEDIHPOP - Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular, com o compromisso de estabelecer uma nova prática de se fazer política, respeitando a diversidade cultural do Estado, atendendo as demandas dos 11 povos indígenas presentes no Maranhão.
A abertura da cerimônia, teve a participação da cantora indígena Djuena Tikuna, que cantou o hino nacional brasileiro, na sua língua materna, como forma de resistência.

Para o Governador Flávio Dino, a implementação do Plano Decenal Estadual de Políticas Públicas, bem como a nomeação do COEPI tem um papel importante na promoção do diálogo entre governo e povos indígenas. “Não temos a pretenção de substituir as políticas públicas federais, que fique bem claro, inclusive para o Governo Federal. Porém nós somos solidários, não podemos lavar as mãos...somos solidários a ideia de resistência dos povos mediante suas organizações autônomas. O que nós queremos através da medida do Plano e da COEPI, e ter o diálogo organizado para quer possamos claramente com transparência dizer o que podemos ou não fazer, e façamos juntos, vocês tem minha palavra para que esse plano saia do papel e seja vivenciado”, disse o governador.
Representando a APIB - Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, a parenta Sonia Guajajara lembrou que o plano é fruto de muita luta do movimento indígena, que sempre foi a favor do diálogo, mas nunca teve espaço de fala durante muito anos. Sonia disse ainda que, a atual conjuntura nacional é de negação de direitos, mas o movimento indígena vê no Maranhão um campo de refúgio.



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